O IFRJ participou do XXVII Congresso Nacional de Criminalística, X Congresso Internacional de Perícia Criminal e XXVII Exposição de Tecnologias Aplicadas à Criminalística, realizados em São Luís, no Maranhão, de 10 a 13 de setembro.
A participação do Instituto ficou por conta da equipe do laboratório Móvel do IFRJ, do Campus Paracambi, em parceria com peritos da polícia civil do Rio de Janeiro, que apresentaram o trabalho ‘Usando deep learning e dados de MA-XRF para classificar pinturas de Tarsila do Amaral’, que acabou conquistando o segundo lugar no evento.
Desde 2021, o corpo de pesquisadores do Laboratório Móvel do IFRJ, dedicado à investigação de patrimônio cultural, vem trabalhando com os peritos da polícia civil no desenvolvimento de uma metodologia de perícia de obras de arte. Esta metodologia atualmente se encontra consolidada e aplicada em casos reais de pinturas envolvidas em ações criminosas, destaca-se, que o método foi aplicado por exemplo em perícias de obras de arte apreendidas por exemplo na operação “Sol Poente” em 2022, caso que envolvia pinturas da famosa artista brasileira Tarsila do Amaral.
Atualmente, o grupo vem trabalhando na inovação do método, que é a classificação de pinturas utilizando métodos de inteligência artificial. “Estamos treinando um algoritmo que vai permitir classificar em termos percentual se uma pintura é ou não de um determinado artista”, explica o professor Renato Freitas, à frente do Laboratório Móvel.
O docente explica que no congresso foram apresentados os resultados iniciais desse método, utilizando dados coletados em pinturas de Tarsila do Amaral. “Com esse trabalho formos premiados com o segundo lugar no congresso na trilha de química”, disse.
Destaca-se, que o XXVII Congresso Nacional de Criminalística, X Congresso Internacional de Perícia Criminal e XXVII Exposição de Tecnologias Aplicadas à Criminalística, é o maior congresso de perícia criminal do Brasil reunindo peritos das polícias científicas estaduais e federais. “Diante da visibilidade do nosso trabalho, muito peritos se interessarem em conhecer o método. Destaca-se, que atualmente entre as polícias estaduais somente a polícia civil do Rio de Janeiro realiza perícia em obras de arte, nosso objetivo agora é difundir essa experiencia entre outras polícias científicas do Brasil”, explica Renato.
Com a experiência adquirida no Laboratório Móvel atendendo museus em todo Brasil e com a Polícia Civil do Rio de Janeiro, a equipe está pronta para atender as polícias cientificas de outros estados. “Nosso objetivo é capacitar peritos de outros estados em utilizados métodos científicos de investigação de obras de arte, permitindo que eles realizem a perícia no futuro”, conclui o professor.
Diretoria de Comunicação Conif
Texto: Jorge Moraes/Ascom IFRJ
Foto: Arquivo IFRJ