Cerca de 350 estudantes do IFMA Campus São Luís – Monte Castelo participaram da culminância do projeto “Batalha Ancestral”, que aconteceu na sexta-feira (13), no ginásio do campus. O projeto está na terceira edição e utiliza a metodologia dos desafios de uma gincana para promover a educação antirracista em relação aos indígenas, utilizando o conhecimento da história e a valorização da cultura dos povos originários.
A coordenadora do projeto, professora Danielle Ferreira, explica que o projeto envolve os alunos do primeiro ano de todos os cursos do Ensino Médio integrado ao Técnico. O “Batalha Ancestral” tem a literatura como base e trabalha obras de autores indígenas como Davi Kopenawa e o imortal Airton Krenak. “Cada turma tem um professor orientador da área de Letras e receberam, também, a colaboração de docentes de áreas como História e Artes. A nossa ideia é mostrar uma visão sobre os povos originário que vá além da literatura eurocêntrica”, disse Danielle Ferreira.
Para o desafio, as turmas representaram nove etnias. Na edição deste ano, as escolhidas foram: Anapuru Muypurá, Warao, Krikati, Ka’apor, Kanela, Awa Guajá, Kyikatêjê Gavião, Pykopjê e Timbir. Para fazer a representação, os alunos tiveram a orientação de pessoas desses grupos por meio de oficinas e consultorias.
O estudante do curso de Design Gráfico, Rai Benjamim, estava feliz com o resultado de tantos meses de pesquisa. “A minha turma representou os Timbiras e nós estudamos muito para representar a cultura deles da melhor forma possível”. O sentimento de realização também foi compartilhado pela colega de turma Lorena Dias. “Fiquei encantada pela história deles e buscamos representar a simbologia por meio das pinturas”, afirmou a aluna.
O resultado das pesquisas, das leituras e das oficinas foi visto na gincana, que estava dividida em quatro desafios: produção de bandeira, prova dos sábios, entrega de oferenda e batalha de slam (poesia).
O aluno do curso de Informática, João Vinicius Ribeiro, participou da prova dos sábios. Nessa etapa, quatro estudantes de cada turma tiveram os conhecimentos testados sobre as obras literárias trabalhadas durante o projeto. “A nossa equipe se preparou bastante. Estudamos os livros previstos e fizemos debates para discutir as ideias e conceitos de autores como o Airton Krenak”, explicou João Vinícius.
O desempenho dos estudantes na competição foi avaliado pelo júri técnico formado pelas ativistas indígenas Amanda Tupinambá, Patrícia Tapuia e pela pesquisadora Maísa Ramos.
Diretoria de Comunicação do Conif
Texto: Assessoria de Comunicação do IFMA
Foto: Arquivo/IFMA